segunda-feira, 27 de julho de 2009

Esperanças, sonhos...


Últimamente tenho tido certa preguiça de existir. Aquela preguiça de acordar todos os dias e saber que vai ser sempre a mesma coisa, senão pior. Amigos que só te decepcionam cada dia mais, relacionamentos que nunca chegam de fato a ser um relacionamento. Coisas que não acontecem, por isso me frustram. Isso, frustrada, essa é a palavra para o que ando sentindo no momento!
É claro que minha vida é uma diversão sem fim, sempre com farra, sempre rodeada de gente, sempre fazendo loucuras, o que mais alguém podia querer? Quem ouve minhas histórias sente desejo de viver as mesmas coisas que eu, porque sim, eu vivo intensamente e faço tudo que quero. Mas, obviamente tem um mas, eu sinto falta, sabe, daquela coisa mais profunda, não sei se profundidade é a palavra para o que quero expressar, mas é algo mais. Diversão é bom, zueira e tali e coisa, porém quantos anos vivo disso, às vezes cansamos. Sinto falta daquele filme no sábado a noite, com aquela pessoa especial e de acordar de manhã e dar aquele beijo antes de escovar os dentes. De saber que ele existe ali, existe pra você e você pra ele. Daquele churrasquinho com aqueles amigões do peito, num domingo a tarde, colocar o papo em dia e saber como vai a vida, coisa atoa, coisas simples. Uma flor colhida no jardim do vizinho, especialmente pra você!
Dizem que ninguém se contenta com o que tem, não é?! Talvez se eu tivesse isso, sentiria falta das noites em claro, as manhãs chegando em casa, as loucuras adolescentes sem se preocupar com as consequências. Ou talvez, talvez eu gostasse dessa vida simples e sem dramas, sem extrapolações, pode ser o que eu preciso nesse momento, afinal já estou praticamente uma adulta, só falta adiquirir responsabilidades, idade já tenho...
Enquanto nada dá certo pra mim - às vezes acredito que o problema está comigo - continuarei tentando, não desisto do que eu quero, e sei que pode demorar, mas um dia conseguirei, pode apostar!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

"Você sabe que vai ser sempre assim. Que essa queda não é a última. Que muitas vezes você vai cair e hesitar no levantar-se, até uma próxima queda." (Caio F.)

quinta-feira, 23 de julho de 2009


Ele apareceu, me olhou nos olhos, um meio sorriso, um olhar de timidez misturado com um Q de safadeza. Cabelo preto, pele branca, camisa... sapato (?)! Sim, camisa e sapato, e sim, ele mexeu comigo, não sei como, nem por que, mas aconteceu. Um interesse mútuo, mas com alguns obstáculos pelo caminho e isso me deu mais interesse ainda, a dificuldade, tenho certa obsessão por ela. E no final, foi tudo tão perfeito. Isso mesmo, perfeito! Justo comigo, anti-perfeição, que gosto do errado, ou como diria Clarice Lispector, do mal-feito, do que obviamente não presta. Mas ele não era assim, era diferente, era interessante, era meigo, carinhoso, sossegado. Sofri lavagem cerebral, tenho quase certeza! Eu NÃO me interesso por pessoas assim. E assim, acabou ou começou, ainda não tenho certeza. Cidades diferentes, uma grande promessa de um telefonema... A semana se passou e sim, outros caras apareceram, mas nenhum, nenhum deles era ele, sonhei com ele todas as noites e dias também, enquanto acordada. E hoje, hoje se completa uma semana e a expectativa, telefone ao lado. Promete pra mim, promete sim, ele vai me ligar, porque eu não aguento mais viver da mesma síndrome de Marilyn Monroe: "Não me falta homem, o que me falta é amor."!

quarta-feira, 22 de julho de 2009


"E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou." (Fernando Pessoa)


"Olhei para você fixamente por uns instantes. Tais momentos são meus segredos. Houve o que se chama de comunhão perfeita. Eu chamo isto de estado agudo de felicidade. (Clarice Lispector)

terça-feira, 21 de julho de 2009


"Fica? Passa? Vai? Volta? (...) Não sei nada, mas foi lindo."

"Além disso, sou terrivelmente instável e entender as minhas reações é coisa que às vezes nem eu mesmo consigo."
(Caio F.)

segunda-feira, 20 de julho de 2009

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Talvez tudo, talvez nada...



"Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada." (Caio F.)

quarta-feira, 15 de julho de 2009


"Você sabe que não sou mulher de arrependimentos, de olhar pra trás, essas coisas. A gente tem que mirar no alvo e atirar, pronto, foi. A flecha não volta. Se acertamos ou erramos, não tem volta. Foi assim que levei a vida sempre..." (Caio F.)



"- queria poder continuar a vê-lo,
mas sem precisar tão violentamente dele." (CL)

terça-feira, 14 de julho de 2009



"Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não achei que ia conseguir dizer, quero dizer, dizer tudo aquilo que escondo desde a primeira vez que vi você, não me lembro quando, não me lembro onde. Hoje havia calma, entende? Eu acho que as coisas que ficam fora da gente, essas coisas como o tempo e o lugar, essas coisas influem muito no que a gente vai dizer, entende? Pois por fora, hoje, havia chuva e um pouco de frio: essa chuva e esse frio parecem que empurram a gente mais pra dentro da gente mesmo, então as pessoas ficam mais lentas, mais verdadeiras, mais bonitas. Hoje eu estava assim: mais lento, mais verdadeiro, mais bonito até. Hoje eu diria qualquer coisa se você telefonasse. Por dentro também eu estava preparado para dizer, um pouco porque eu não agüento mais ficar esperando toda hora você telefonar ou aparecer, e quando você telefona ou aparece com aquelas maçãs eu preciso me cuidar para não assustar você e quando você me pergunta como estou, mordo devagar uma das maçãs que você me traz e cuido meus olhos para não me traírem e não te assustarem e não ficarem querendo entrar demais dentro dos teus olhos, então eu cuido devagar tudo o que digo e todo movimento, porque eu quero que você venha outras vezes. (...) A cada dia viver me esmaga com mais força."
(Caio F.)

domingo, 12 de julho de 2009

Domingo. Ressaca (moral também!). Dúvidas (pra variar!). E aquela imensa nostalgia, aquela falta não sei de que e aquele querer, não sei de que (ou de quem também)... e assim, assim continuo seguindo, me sabotando, me magoando, sem saber o que quero ou preciso...

"Te­nho que ter paciência para não me perder dentro de mim: vivo me perdendo de vista. Preciso de paciência porque sou vários caminhos, inclusive o fatal beco-sem-saída.
" (CL)

sábado, 11 de julho de 2009

"-E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.

(Silêncio)


-Mas não seria natural.

-Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem.

-Natural é encontrar. Natural é perder.

-Linhas paralelas se encontram no infinito.

-O infinito não acaba. O infinito é nunca.

-Ou sempre.


(Silêncio)"


O dia que Júpiter encontrou Saturno - Caio F.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

"O problema é que a vida era agora e era aqui. E além de não estar nem no aqui nem no agora, ele não partia." Caio F.