Ainda com os olhos lacrimejando, após assistir a palestra de Eduardo Tevah, os Diferenciais das Pessoas de Sucesso - por favor, se puderem e quiserem, assistam - comecei a refletir um pouco sobre a minha vida ou a falta dela.
Por muito tempo acreditei no viver a vida sem se importar com as consequências, eram noites afora, as vezes manhãs, ou até mesmo dias. Estudei a vida inteira nas melhores escolas, tive sempre tudo do bom e do melhor e talvez por isso, nunca precisei lutar por nada. Estagnada.
Fui uma adolescente rebelde, não estudava, não me importava com nada, queria só sair, beber, rir, etc, etc, etc... e ser feliz, que era como eu sempre descrevia toda minha inconsequência. Era bem adepta da ideologia: 'sexo, drogas e rock in Roll'! Não, ao contrário do que parece, eu não me arrependo, é bem o inverso disso, dos meus 15 aos 21 anos sempre fiz tudo o que eu quis e garanto, nesses seis anos vivi mais que muita gente viveu em cinquenta anos. Além do mais, tudo isso me deu experiência para ser a pessoa melhor que sou hoje e a que serei no futuro - espero que cada vez melhor -, me fez amadurecer e enxergar a vida por seus vários ângulos. Porém, se hoje eu pudesse voltar atrás sabendo que não preciso passar por tudo o que passei para ter adquirido a experiência que adquiri, eu voltaria, não faria tudo de novo, não faria porque hoje eu sei. Não quero dizer que virei santa, que parei de beber, de sair e curtir a vida, mas que parei com os excessos desnecessários, que me atrapalhavam e que muitas vezes me fizeram regredir.
Beirando meus 22 anos e levando a sério, finalmente, o que meus pais sempre perguntam: "Paula, o que você vai fazer da vida?", posso dizer que estou e continuarei correndo atrás do meu sonho. Como Tevah diz em sua palestra, quero ser uma pessoa diamante e dar o melhor de mim, o mundo está cheio de pessoas comuns.
Após trancar o curso superior de Direito no 7º período - Oh! Você exclamou, eu sei, já ouvi todo o blábláblá que você gostaria de me dizer também, várias e várias vezes -, estou batalhando atrás do curso que sempre desejei - Psicologia -, mas pela minha imaturidade, não tinha certeza disso antigamente. Pela primeira vez na vida estou tendo gosto de estudar, pois quero passar na federal, estou me dedicando a algo de verdade.
Toda essa revolução (ou evolução) já tinha acontecido comigo, mas hoje, após ver o DVD tive vontade de escrever sobre isso. Além do que o acrescentei outras coisas em minha mente, Eduardo diz que somos feitos para sermos críticos, que ninguém mais sabe elogiar ou sabe o peso que um elogio tem, que uma palavra de carinho tem. Realmente, eu mesma sou uma pessoa extremamente grossa, simpatia passa longe do meu ponto forte e ser carinhosa com as pessoas é algo quase impossível para mim. Como exemplo tenho meus relacionamentos 'amorosos'. A maioria deles acabam da mesma forma e eu sempre me pergunto: Por que nada dá certo? Por que comigo é sempre assim? Qual meu defeito? Meus amigos têm sempre uma resposta em comum: "Paula, você já viu como tratava o cara?". Claro que muitos deles eram uns babacas, mas com outros eu fui uma babaca. E com amigos também, ou até mesmo conhecidos e desconhecidos. Cabe a mim mudar isso.
Sei que perdi alguns anos da minha vida, mas me serviu de experiência e acredito que resolvi mudar a tempo, subir na escada da vida, dar o melhor de mim e ser o melhor para as pessoas e ajudar o próximo sempre possível.