segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Evolução ou revolução?

"Temos nosso lado otimista, positivo, sonhador e temos o nosso lado pessimista, negativo, incrédulo. Cabe a você e a mais ninguém decidir qual dos dois terá o comando de sua vida." (Eduardo Tevah)

Ainda com os olhos lacrimejando, após assistir a palestra de Eduardo Tevah, os Diferenciais das Pessoas de Sucesso - por favor, se puderem e quiserem, assistam - comecei a refletir um pouco sobre a minha vida ou a falta dela.
Por muito tempo acreditei no viver a vida sem se importar com as consequências, eram noites afora, as vezes manhãs, ou até mesmo dias. Estudei a vida inteira nas melhores escolas, tive sempre tudo do bom e do melhor e talvez por isso, nunca precisei lutar por nada. Estagnada.
Fui uma adolescente rebelde, não estudava, não me importava com nada, queria só sair, beber, rir, etc, etc, etc... e ser feliz, que era como eu sempre descrevia toda minha inconsequência. Era bem adepta da ideologia: 'sexo, drogas e rock in Roll'! Não, ao contrário do que parece, eu não me arrependo, é bem o inverso disso, dos meus 15 aos 21 anos sempre fiz tudo o que eu quis e garanto, nesses seis anos vivi mais que muita gente viveu em cinquenta anos. Além do mais, tudo isso me deu experiência para ser a pessoa melhor que sou hoje e a que serei no futuro - espero que cada vez melhor -, me fez amadurecer e enxergar a vida por seus vários ângulos. Porém, se hoje eu pudesse voltar atrás sabendo que não preciso passar por tudo o que passei para ter adquirido a experiência que adquiri, eu voltaria, não faria tudo de novo, não faria porque hoje eu sei. Não quero dizer que virei santa, que parei de beber, de sair e curtir a vida, mas que parei com os excessos desnecessários, que me atrapalhavam e que muitas vezes me fizeram regredir.

"(...)a velha rotina já não lhe parecia suficiente. Aos poucos, deu-se conta de que aquela boa vida havia perdido a graça. Não sentia mais satisfação em ficar no bar com os amigos conversando as mesmas coisas de sempre, as baladas tinham se tornado repetitivas e nem mesmo ficar paquerando garotos diferentes o tempo todo parecia tão fascinante." (Roberto Shinyashiki)

Beirando meus 22 anos e levando a sério, finalmente, o que meus pais sempre perguntam: "Paula, o que você vai fazer da vida?", posso dizer que estou e continuarei correndo atrás do meu sonho. Como Tevah diz em sua palestra, quero ser uma pessoa diamante e dar o melhor de mim, o mundo está cheio de pessoas comuns.

Após trancar o curso superior de Direito no 7º período - Oh! Você exclamou, eu sei, já ouvi todo o blábláblá que você gostaria de me dizer também, várias e várias vezes -, estou batalhando atrás do curso que sempre desejei - Psicologia -, mas pela minha imaturidade, não tinha certeza disso antigamente. Pela primeira vez na vida estou tendo gosto de estudar, pois quero passar na federal, estou me dedicando a algo de verdade.
Toda essa revolução (ou evolução) já tinha acontecido comigo, mas hoje, após ver o DVD tive vontade de escrever sobre isso. Além do que o acrescentei outras coisas em minha mente, Eduardo diz que somos feitos para sermos críticos, que ninguém mais sabe elogiar ou sabe o peso que um elogio tem, que uma palavra de carinho tem. Realmente, eu mesma sou uma pessoa extremamente grossa, simpatia passa longe do meu ponto forte e ser carinhosa com as pessoas é algo quase impossível para mim. Como exemplo tenho meus relacionamentos 'amorosos'. A maioria deles acabam da mesma forma e eu sempre me pergunto: Por que nada dá certo? Por que comigo é sempre assim? Qual meu defeito? Meus amigos têm sempre uma resposta em comum: "Paula, você já viu como tratava o cara?". Claro que muitos deles eram uns babacas, mas com outros eu fui uma babaca. E com amigos também, ou até mesmo conhecidos e desconhecidos. Cabe a mim mudar isso.
Sei que perdi alguns anos da minha vida, mas me serviu de experiência e acredito que resolvi mudar a tempo, subir na escada da vida, dar o melhor de mim e ser o melhor para as pessoas e ajudar o próximo sempre possível.

"A vitória virá, com certeza. Mas virá antes para aqueles que decidirem agir e souberem persistir na empreitada." (Roberto Shinyashiki)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Coincidências, sinais e paixões

"Mas sei bem o que quero aqui: quero o inconcluso." (Clarice Lispector)

Coincidência? Não poderia ser, foi tudo muito perfeito, uma plena sincronia de atitudes. Acreditava em sinais, mas será que eram bons ou ruins? Se era um sinal, haveria de ser bom, sinal negativo? Não era muito coerente. Por isso, ela preferia acreditar que eram positivos, apesar de nem tudo ter sido tão bom.
Ainda ontem desejava a ele e muito! Hoje já era um outro. As coisas com ela aconteciam assim, se encantava e, simplesmente, se desencantava, como em um passe de mágica.
Se apaixonando, sempre! No fundo desejava aquele que a fizesse ficar sem ar, não somente empolgada. Estava cansada de suas paixões, já havia tido paixões suficientes e aproveitado cada uma delas.
Voltava a pensar em sua coincidência, foi um sinal bom - desejava! Ele a deixava tremula, talvez conseguisse a deixar sem ar, talvez...

"A harmonia secreta da desarmonia: quero não o que está feito, mas o que torturosamente ainda se faz." (Clarice Lispector)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Passado, presente, futuro...

"Estou procurando, estou procurando. Estou tentando me entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorgarnização profunda." (Clarice Lispector)

Quando ele a abraçava, se sentia sufocada. Quando ele não a tocava, se sentia rejeitada. Complicada, até mesmo pra ela se entender. Mas também queria desistir de ficar pensando, ele não valia a pena. Não, pelo menos ela queria colocar na sua mente que não. Bonitinho, mas ordinário.
Sem conseguir dormir, pensando nele, pensando em si mesma, lia antigos diários, cadernos de recordações. Nostalgia, nessas horas batia forte. Quantos amigos ela não tinha noticias a meses, quantos mudaram, quantos ela ainda via e mal se falavam oi, nem parecia que um dia foram tão próximos. Aquilo doía, ela acreditava que tinha sido muito feliz, mas não tinha certeza disso.
Ela sofria, porque não queria viver do passado, porém não conseguia deixar de sentir muita nostalgia. E ao mesmo tempo ficava sonhando acordada com o futuro. E o presente? Ela não pensava muito sobre ele, "deixava rolar".
Ela sabia que não podia mais ser assim. Tinha que parar de relembrar o passado e sonhar com o futuro, tinha que fazer o presente acontecer. Precisava correr atrás de seus sonhos, suas metas, seus ideais. Já tinha passado da hora, pensava. Mas não agia. Agora ia mudar, estava disposta a mudar, ia fazer com que a vida valesse a pena.

"Hoje é o primeiro dia
Do resto da sua vida
E da minha também."
(Rita Lee)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Voltar a viver



"Só meu corpo está aqui. Minha cabeça foi embora, já faz tempo." (Caio F.)







Estranhamente, era assim que se sentia. Não tinha vontades mais, aliás, até as tinha, tinha seus sonhos, mas eram só idealizações. Não conseguia ter forças para lutar, para ir atrás, para levantar da cama, se quer.
Não era a primeira vez que isso lhe acontecia, pode-se dizer que ela até já se acostumou. Mas então por que dessa vez se sentia estranha? Porque dessa vez ela não sofria, não se sentia triste, não sentia falta de nada, nem ninguém. Parecia que ela não tinha mais vida, isso, era isso que sentia, que não vivia mais. Não tinha vontade de sair, tomar porres inigualáveis e ter histórias imensuráveis para contar depois. Não sentia aquele gostar por aquele moço, nem por nenhum dos moços que já fizeram parte da sua vida. Pelo contrário, sentia que não queria nenhum deles e ela nunca havia se sentido assim, ela sempre idealizava algum. Dessa vez ela sentia que ela ainda não havia conhecido 'ele'.
Ela sentia uma enorme vontade de voltar a viver, por mais dores que ela tenha passado, por mais difícil que fosse tudo, mas sempre existiam inúmeras alegrias também. E tudo isso era melhor que não sentir nada!


"Quem passou pela vida em branca nuvem e em plácido repouso adormeceu. Quem não sentiu o frio da desgraça, quem passou pela vida e não sofreu. Foi espectro de homem, não foi homem. Só passou pela vida, não viveu." (Francisco Otaviano)