terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Composta por extremos

Um paradoxo.
Utópica e distópica.
Paciente e colérica.
Prolixa e concisa.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

A luz


"Então eu imagina você vindo. Como eu te imaginava." (Caio F.)

Seus olhos azuis reluziam para ela. No seu sorriso ficava passada, parecendo aquele primeiro namoro de adolescente. Ele chegou com uma rosa vermelha, deu-lhe um beijo na testa e disse: "Você aceita passar o resto da vida com esse caro chato?" Chorou, mas de alegria, queria contar-lhe algo quando ele a pediu em casamento. Colocou a mão na barriga, "agora somos três, se você aceitar passar o resto da vida com essa chata e nosso filho ou filha, então aceitarei." Por um instante ele não teve reação, ela ficou com um pouco de medo, mas logo aquele sorriso maravilhoso que a encantou desde a primeira vez voltou a face dele. Se sentaram na varanda e se beijaram, intensamente!
Ele começou a dizer do dia em que se conheceram, que no instante que a viu sabia que teria que ser ela, sabia que era com ela que queria se casar, que queria ter filhos e agora, agora estava virando realidade. Ela riu, chamou ele de clichê, e disse que era mentira, que ele nem se quer tinha reparado nela, até ela quase cair ao seu lado, desastrada. Ele riu dela e não pra ela, mas no final achou engraçadinha aquela menina desengonçada e segurou-a pela mão. Já no primeiro instante ela apaixonou quando seus olhares se cruzaram. Eles conversaram um pouco naquela noite, ele pegou seu telefone e disse que precisaria ir embora. Ela ficou triste, pois pensou que mais uma vez, mais uma vez tinha acabado ali, sozinha e talvez pra sempre ficaria só.

Passaram-se cinco dias quando seu telefone tocou, era ele, reconheceu de imediato aquela voz, aquela voz que a semana inteira esperou aflita que a ligasse. Conversaram sobre coisas banais e ele perguntou se não aceitaria ir em um bar, escutar uma boa música, beber uma cerveja. Tentou se fazer de difícil, dizer q teria compromisso, mas no final não aguentou, seu forte não era esse e se ele nunca mais a procurasse, as desilusões já foram tantas, não poderia deixar ele escapar por pura vaidade. Disse que sim, no horário combinado ele a pegou em casa. Passaram uma noite agradável, mas ele se quer tentou beijá-la e isso a estava deixando louca. Quando estavam chegando na casa dela, ela perguntou se ele não a beijaria, ele sorriu, aquele sorriso que desde de então ela nunca esqueceu e a beijou. Hoje fazia exatamente um ano e seis meses que estavam juntos. Ela acabará de saber que estava grávida e ele a tinha pedido em casamento, antes mesmo de saber da novidade.
Foi tudo perfeito, então despertador tocou e ela voltou para a realidade. Mas acordou sorrindo, procurando por sua luz no fim do túnel.



"Ria de mim, mas estou aqui parada, bêbada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor. Cuidado, comigo: um dia encontro.” Caio Fernando Abreu

sábado, 5 de dezembro de 2009

Flores murchas


"Mas tantos defeitos tenho. Sou inquieta, ciumenta, áspera, desesperançosa. Embora amor dentro de mim eu tenha... Só que não sei usar amor: às vezes parecem farpas..."
(Clarice Lispector)


Ela se encontrava em plena crise existencial. Várias coisas passavam por sua cabeça, mas ela sabia que tinha que ser forte para não deixar que pensamentos obscuros a dominassem e conseguissem fazê-la desistir. Isso não seria a solução, ou talvez até seria, mas não estaria enfrentando seus problemas, somente fugindo dos mesmos.
Problemas, quais seriam eles? Não passava fome, tinha família, casa, estudos, amigos e saúde. Então não havia problemas. Não pra quem está de fora da situação. Sua vida sempre foi muito conturbada, personalidade forte, humor instável, crises, infância complicada, adolescência de extrema rebeldia, falta de compreensão, falta de carinho. A vida inteira precisou lutar sozinha contra seus maiores fantasmas, não foi fácil para ela.
Agora com lágrimas nos olhos se lembra de tudo que enfrentou, do quanto foi forte, mas do quanto se achava fraca para continuar. Desistir, talvez fosse o melhor caminho. Não era uma vitoriosa, talvez sempre fosse uma perdedora, talvez nunca conseguisse nada na vida e todos os erros que cometeu não a ajudaram, não se livrou deles a tempo e pra sempre eles vão persegui-lá.
Chorava, desejava alcançar uma meta, mas tinha medo de não conseguir. O que faria se não conseguisse? Mais uma derrota, fraca, sem vida, sem estímulos. Socos e pontapés, acreditava que tinha se acostumado com eles e que depois passava, mas não, se sentia cansada, todo seu vazio interior e sua dor a consumiam. E aos poucos seus sonhos murchavam, como as últimas flores que recebeu, fazia tanto tempo que não recebia flores.
Tentava pensar em todos aqueles amigos que a faziam sorrir, mas nem nisso acreditava mais, foram tantos que a decepcionaram, por que agora seria diferente?
Drástica e pessimista, quem sabe ela estaria sendo isso, mas a verdade é que nem ela sabia o que estava acontecendo, nem o porquê, e não sabia se conseguiria se livrar disso tudo, mais uma vez...


"Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso."
(Caio F.)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Existe vida pré vestibular??

Desde que resolvi prestar federal, os cursinhos e os estudos tomaram todo o meu tempo... além da falta de tempo para postar, existe também a total falta de criatividade, já que agora meus únicos pensamento são: seno, cosseno, cinética química, pilhas, oxido-redução, pronomes relativos, orações subordinadas, matriz, números complexos, naturalismo, realismo, parnasianismo, ondas, Leis de Newton, era Vargas, idade média, 2º guerra mundial, África, Oriente Médio, briófitas, pteridófitas, genética, sistema digestório etc, etc, etc...
Enfim, nada que me renda uma postagem, pelo menos eu não me acho em condição de escrever nada decente...
Bem gente, é isso, só queria explicar o motivo da minha total ausência e provavelmente dois amigos meus vão escrever algumas postagens, no meu lugar, até o meio de janeiro. Enquanto isso, torçam por mim ;)



Pronominais

Dê-me um cigarro
Diz a gramática do professor
e do mulato sabido
Mas o bom branco e bom negro
Da nação brasileira
Dizem todos os dias:
Deixa disso camarada
Me dá logo um cigarro.

(Oswald de Andrade)

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Dia de merda

"Um dia de monja, um dia de puta, um dia de Joplin, um dia de Teresa de Calcutá, um dia de merda." (Caio F.)

Ontem, definitivamente, foi meu dia de merda!

Família não te remete a idéia de que deveriam ser as pessoas que mais gostam de você? Então por que comigo acontece ao contrário, por que são as que mais me fazem sofrer? Me humilham, me desencorajam, só sabem me criticar e me deixar para baixo... Resumindo, só 'fodem' comigo!

Agradeço por ter meu cigarro, que me alcama e me faz ter paz, meus orgulhinhos e minha 'best', que me seguram em dias como esse, que me dão força, me dão colo e me fazem rir...



Aproveitando que estou falando de amigos, quero agradecer ao blog Coração alado (http://aladoblog.blogspot.com/) que me indicou um selinho:

Tenho que dizer algumas características minhas e indicar parar três pessoas. Então pedi para minha 'best' me dizer essas características. Ninguém melhor que ela para falar sobre mim.
Antes de escrever o que ela disse, quero acrescentar três características:
  • Ansiosa;
  • Sonhadora;
  • Ciumenta.
Essas três sou demasiadamente!

Agora, segundo minha 'best':
  • uma fofa oculta;
  • super engraçada quando lhe convém;
  • persistente com toques de preguiça;
  • romântica;
  • portadora de um sorriso único;
  • tem a voz sexy;
  • você acha que é senhor e senhora da verdade em vários momentos, e fala aquela frase irritante: "mas é claro que é...", que deixa qualquer um LOUCO DE RAIVA;
  • é verdadeira demais de vez em quando.. a ponto de dizer que moças que eu odeio são bonitas.. e você vai dizer agora: "mas são uai"!
É isso ai, um pouquinho da minha personalidade confusa.
Tenho que indicar o selinho para três meninas, já que nele está escrito: "eu amo ser blogueira!"
As minhas escolhidas foram:

-Jéssica (http://a-antropofagica.blogspot.com/)
- (http://quimeraonirica.blogspot.com/)
-Taty (http://omeueueponto.blogspot.com/)


Beeijos para todos!



"Para mim, atualmente, companheirismo e lealdade são meio sinônimos de felicidade. Meus amigos são muito fortes e muito profundos, são amigos de fé, para quem eu posso telefonar às cinco da manhã e dizer: olha, estou querendo me matar, o que eu faço? Eles me dão liberdade para isso, não tenho relações rápidas, quer dizer, tenho porque todo mundo tem, mas procuro sempre aprofundar. E isso é felicidade, você poder contar com os outros, se sentir cuidado, protegido. Dei esse exemplo meio barra pesada de me matar....esquece, posso ligar para ver o nascer do sol no Ibirapuera às cinco da manhã.
" (Caio F.)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Sua forma única de sorrir para ela


Ele era um cara especial. Aquele cara tímido, sorriso simpático, inteligentíssimo, educado. Ela foi pega desprevenida, não esperava que ele pudesse mexer tanto com ela. Sempre foi acostumada a gostar do errado, do que não presta, do estrago. Ele não era esse tipo de cara, era especial e isso a amedrontava. Ela sentia saudades quando não o via, e sentia ciúmes também, chegava a ser cômico.
Ela sabia que não o merecia, pois o faria sofrer. Não por não gostar dele, mas por não estar preparada, nesse momento, para um cara assim em sua vida. Estava naquele momento em que não valia nada, queria aproveitar. Foi então que ele apareceu, o oposto dos caras com quem já se envolveu, porém tinha algo nele que a deixava completamente apaixonada. Não que fosse difícil ela se apaixonar, sempre se apaixonou fácil e se desapaixonava logo em seguida, o problema era ela se apaixonar por um cara como ele.
Era o tipo errado de cara certo, ou até mesmo o cara certo no momento errado. E tudo isso a impedia de ir adiante. Ele merecia ser muito feliz, e ela não o faria feliz. E por gostar tanto dele preferia abrir mão para quem o pudesse fazer feliz de verdade. Entretanto, quando se lembrava do seu sorriso, era egoísta o suficiente para não deixá-lo partir.


"De vez em quando erguia os olhos e sorria para mim. Achei estranho porque nunca ninguém sorriu para mim — nunca ninguém sorriu para mim daquele jeito, quero dizer." (Caio F.)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Sonhar e acreditar


"Também temos saudade do que não existiu, e dói bastante." (Carlos Drummond de Andrade)

Sou uma pessoa cheia de sonhos e nostalgia... Mas além de toda a saudade do que já foi vivido, carrego comigo uma imensa saudade do que não vivi. É algo complexo, difícil de explicar. Crio em minha mente fantasias futuras com pessoas, que às vezes, se quer conheço, ou que apenas troco algumas palavras. Acho que idealizo demais, transformo as pessoas no que eu queria que elas fossem e na amizade que eu queria que tivéssemos, talvez por ser muita frustrada em relação a maioria das minhas amizades. Sem contar as paixões platônicas, que foram tantas, são tantas e ainda serão muitas. Tenho sempre aquela sede de coisas novas.

Entretanto sou muita indecisa, confusa. Minhas idealizações mudam, depois voltam a ser as mesmas em pouco tempo. Muitas da coisas que desejo acontecem e quando acontecem já não tem a mesma graça que tinham quando eram sonhadas. Talvez porque os sonhos aconteciam da forma como eu queria, a realidade já não funciona bem assim.

Acredito que tudo isso aconteça comigo porque tenho prazer em sentir o gosto da conquista, pensar que queria e consegui, lutei por aquilo. No momento luto por vários sonhos. Espero que até ano que vem eu esteja aqui escrevendo pra vocês que os alcancei e que dessa vez a realidade foi o mais próximo possível do que eu idealizava e que essa realidade dure - não para sempre, porque ele sempre acaba - por muitos e muitos anos. Tudo é uma questão de querer e lutar!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Fruto proibido


"Tem certas coisas que a gente não consegue controlar
Comer um fruto que é proibido,
você não acha irresistível?
Nesse fruto está escondido o paraíso, o paraíso"
(Rita Lee)


Após mais um carreira de cocaína, Capitu olha para cima e pensa: "é assim que eu quero ser, quero ser livre, sem pudores, falante, feliz...!" Era difícil para ela descrever aquele momento único. A coca a fazia a sentir bem e no momento já controlava sua vida. De uma vez por mês, havia passado para uma vez por semana, depois para duas, três, até que começou a cheirar todos os dias. Era o que a guiava: bares, álcool, cigarro e coca, muita coca, carreira atrás de carreira.


Aquele pozinho branco tinha um efeito pra ela de pó mágico, a transformava em outra pessoa, aquela que Capitu almejava ser, mas sem ele não conseguia. Todo centavo que arrumava era para o pó. Acreditava que tinha muitos amigos. Mal sabia ela que 'amizade' de bar, não é amizade e não demora muito para as máscaras caírem. Para sua vida cair. O buraco é fundo, por isso ela não percebe que está afundando, lentamente e logo não terá mais volta. Mas Capitu só pensa que se sente bem, que ela não é uma viciada, que aquilo é algo perfeitamente normal, um refugio para seus problemas, só não sabe que a maioria dos seus problemas começaram por causa da cocaína.


Já no primeiro gole de cerveja seu nariz coça, e ela fica louca: "eu preciso!". É a droga mostrando seu poder, seu controle sobre mais uma vítima, não uma vítima indefesa, mas uma vítima que não quer se defender. Durante as ondas ela chega a chorar algumas vezes, não de arrependimento, mas peso na consciência, pensa na família, "eles não merecem isso, mas estou feliz, eles precisam entender..." No dia seguinte, ou depois de dias, afinal ela chegava a ficar quase 3 dias sem dormir, a ressaca era milhões de vezes pior que a da cerveja sozinha, mal conseguia se mexer, por vezes o nariz sangrava, doía muito, mas não havia arrependimento nenhum em seus olhos.

Um dia, quando já tinha perdido praticamente tudo o tinha, ela passou a entender que a droga não a fazia bem e decidiu ser forte, decidiu lutar. Mas não foi uma batalha fácil. Capitu perdeu algumas vezes, mas hoje sorri, é uma vencedora e nada mais importa!

domingo, 11 de outubro de 2009

Falta de tema


A falta de tema. Sim, escreverei sobre a falta do que escrever. Meu blog estava um pouco abandonado devido a falta de tempo, então hoje, véspera de feriado, pensei, vou escrever! Mas fiquei horas pensando sobre o que escrever e nada me passou pela cabeça. Nesse momento percebi que eu só tenho alguma inspiração quando estou 'deprê', ou triste, ou carente, ou com algum vazio interior, seja ele qual for, mas como minha vida, no momento, está bastante positiva, não tenho o que escrever.

Estou tentando entender por que me falta essa inspiração, já que quando estamos felizes deveríamos expressar a todos essa felicidade. Foi então que, lendo vários outros blogs, percebi que a maioria dos textos são depressivos. Talvez seja por que é uma forma de desabafarmos sem precisar falar, apenas deixar que as palavras saiam no teclado e ao final delas nos sentirmos melhores. Aquele espaço só seu, onde sua fuga do resto do mundo te deixa livre pra ser você mesmo. Tão raro isso. Tão único. Tão especial!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Evolução ou revolução?

"Temos nosso lado otimista, positivo, sonhador e temos o nosso lado pessimista, negativo, incrédulo. Cabe a você e a mais ninguém decidir qual dos dois terá o comando de sua vida." (Eduardo Tevah)

Ainda com os olhos lacrimejando, após assistir a palestra de Eduardo Tevah, os Diferenciais das Pessoas de Sucesso - por favor, se puderem e quiserem, assistam - comecei a refletir um pouco sobre a minha vida ou a falta dela.
Por muito tempo acreditei no viver a vida sem se importar com as consequências, eram noites afora, as vezes manhãs, ou até mesmo dias. Estudei a vida inteira nas melhores escolas, tive sempre tudo do bom e do melhor e talvez por isso, nunca precisei lutar por nada. Estagnada.
Fui uma adolescente rebelde, não estudava, não me importava com nada, queria só sair, beber, rir, etc, etc, etc... e ser feliz, que era como eu sempre descrevia toda minha inconsequência. Era bem adepta da ideologia: 'sexo, drogas e rock in Roll'! Não, ao contrário do que parece, eu não me arrependo, é bem o inverso disso, dos meus 15 aos 21 anos sempre fiz tudo o que eu quis e garanto, nesses seis anos vivi mais que muita gente viveu em cinquenta anos. Além do mais, tudo isso me deu experiência para ser a pessoa melhor que sou hoje e a que serei no futuro - espero que cada vez melhor -, me fez amadurecer e enxergar a vida por seus vários ângulos. Porém, se hoje eu pudesse voltar atrás sabendo que não preciso passar por tudo o que passei para ter adquirido a experiência que adquiri, eu voltaria, não faria tudo de novo, não faria porque hoje eu sei. Não quero dizer que virei santa, que parei de beber, de sair e curtir a vida, mas que parei com os excessos desnecessários, que me atrapalhavam e que muitas vezes me fizeram regredir.

"(...)a velha rotina já não lhe parecia suficiente. Aos poucos, deu-se conta de que aquela boa vida havia perdido a graça. Não sentia mais satisfação em ficar no bar com os amigos conversando as mesmas coisas de sempre, as baladas tinham se tornado repetitivas e nem mesmo ficar paquerando garotos diferentes o tempo todo parecia tão fascinante." (Roberto Shinyashiki)

Beirando meus 22 anos e levando a sério, finalmente, o que meus pais sempre perguntam: "Paula, o que você vai fazer da vida?", posso dizer que estou e continuarei correndo atrás do meu sonho. Como Tevah diz em sua palestra, quero ser uma pessoa diamante e dar o melhor de mim, o mundo está cheio de pessoas comuns.

Após trancar o curso superior de Direito no 7º período - Oh! Você exclamou, eu sei, já ouvi todo o blábláblá que você gostaria de me dizer também, várias e várias vezes -, estou batalhando atrás do curso que sempre desejei - Psicologia -, mas pela minha imaturidade, não tinha certeza disso antigamente. Pela primeira vez na vida estou tendo gosto de estudar, pois quero passar na federal, estou me dedicando a algo de verdade.
Toda essa revolução (ou evolução) já tinha acontecido comigo, mas hoje, após ver o DVD tive vontade de escrever sobre isso. Além do que o acrescentei outras coisas em minha mente, Eduardo diz que somos feitos para sermos críticos, que ninguém mais sabe elogiar ou sabe o peso que um elogio tem, que uma palavra de carinho tem. Realmente, eu mesma sou uma pessoa extremamente grossa, simpatia passa longe do meu ponto forte e ser carinhosa com as pessoas é algo quase impossível para mim. Como exemplo tenho meus relacionamentos 'amorosos'. A maioria deles acabam da mesma forma e eu sempre me pergunto: Por que nada dá certo? Por que comigo é sempre assim? Qual meu defeito? Meus amigos têm sempre uma resposta em comum: "Paula, você já viu como tratava o cara?". Claro que muitos deles eram uns babacas, mas com outros eu fui uma babaca. E com amigos também, ou até mesmo conhecidos e desconhecidos. Cabe a mim mudar isso.
Sei que perdi alguns anos da minha vida, mas me serviu de experiência e acredito que resolvi mudar a tempo, subir na escada da vida, dar o melhor de mim e ser o melhor para as pessoas e ajudar o próximo sempre possível.

"A vitória virá, com certeza. Mas virá antes para aqueles que decidirem agir e souberem persistir na empreitada." (Roberto Shinyashiki)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Coincidências, sinais e paixões

"Mas sei bem o que quero aqui: quero o inconcluso." (Clarice Lispector)

Coincidência? Não poderia ser, foi tudo muito perfeito, uma plena sincronia de atitudes. Acreditava em sinais, mas será que eram bons ou ruins? Se era um sinal, haveria de ser bom, sinal negativo? Não era muito coerente. Por isso, ela preferia acreditar que eram positivos, apesar de nem tudo ter sido tão bom.
Ainda ontem desejava a ele e muito! Hoje já era um outro. As coisas com ela aconteciam assim, se encantava e, simplesmente, se desencantava, como em um passe de mágica.
Se apaixonando, sempre! No fundo desejava aquele que a fizesse ficar sem ar, não somente empolgada. Estava cansada de suas paixões, já havia tido paixões suficientes e aproveitado cada uma delas.
Voltava a pensar em sua coincidência, foi um sinal bom - desejava! Ele a deixava tremula, talvez conseguisse a deixar sem ar, talvez...

"A harmonia secreta da desarmonia: quero não o que está feito, mas o que torturosamente ainda se faz." (Clarice Lispector)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Passado, presente, futuro...

"Estou procurando, estou procurando. Estou tentando me entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorgarnização profunda." (Clarice Lispector)

Quando ele a abraçava, se sentia sufocada. Quando ele não a tocava, se sentia rejeitada. Complicada, até mesmo pra ela se entender. Mas também queria desistir de ficar pensando, ele não valia a pena. Não, pelo menos ela queria colocar na sua mente que não. Bonitinho, mas ordinário.
Sem conseguir dormir, pensando nele, pensando em si mesma, lia antigos diários, cadernos de recordações. Nostalgia, nessas horas batia forte. Quantos amigos ela não tinha noticias a meses, quantos mudaram, quantos ela ainda via e mal se falavam oi, nem parecia que um dia foram tão próximos. Aquilo doía, ela acreditava que tinha sido muito feliz, mas não tinha certeza disso.
Ela sofria, porque não queria viver do passado, porém não conseguia deixar de sentir muita nostalgia. E ao mesmo tempo ficava sonhando acordada com o futuro. E o presente? Ela não pensava muito sobre ele, "deixava rolar".
Ela sabia que não podia mais ser assim. Tinha que parar de relembrar o passado e sonhar com o futuro, tinha que fazer o presente acontecer. Precisava correr atrás de seus sonhos, suas metas, seus ideais. Já tinha passado da hora, pensava. Mas não agia. Agora ia mudar, estava disposta a mudar, ia fazer com que a vida valesse a pena.

"Hoje é o primeiro dia
Do resto da sua vida
E da minha também."
(Rita Lee)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Voltar a viver



"Só meu corpo está aqui. Minha cabeça foi embora, já faz tempo." (Caio F.)







Estranhamente, era assim que se sentia. Não tinha vontades mais, aliás, até as tinha, tinha seus sonhos, mas eram só idealizações. Não conseguia ter forças para lutar, para ir atrás, para levantar da cama, se quer.
Não era a primeira vez que isso lhe acontecia, pode-se dizer que ela até já se acostumou. Mas então por que dessa vez se sentia estranha? Porque dessa vez ela não sofria, não se sentia triste, não sentia falta de nada, nem ninguém. Parecia que ela não tinha mais vida, isso, era isso que sentia, que não vivia mais. Não tinha vontade de sair, tomar porres inigualáveis e ter histórias imensuráveis para contar depois. Não sentia aquele gostar por aquele moço, nem por nenhum dos moços que já fizeram parte da sua vida. Pelo contrário, sentia que não queria nenhum deles e ela nunca havia se sentido assim, ela sempre idealizava algum. Dessa vez ela sentia que ela ainda não havia conhecido 'ele'.
Ela sentia uma enorme vontade de voltar a viver, por mais dores que ela tenha passado, por mais difícil que fosse tudo, mas sempre existiam inúmeras alegrias também. E tudo isso era melhor que não sentir nada!


"Quem passou pela vida em branca nuvem e em plácido repouso adormeceu. Quem não sentiu o frio da desgraça, quem passou pela vida e não sofreu. Foi espectro de homem, não foi homem. Só passou pela vida, não viveu." (Francisco Otaviano)

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Direção



"Praia repleta de rastros em mil direções; Penso que todos os passos perdidos são meus"
(Chico Buarque)



Quando ela ouviu sua voz, seu coração parou. Será que era amor, pensou! Não, ela sabia que não o era. Mas era bom. E como era. Lembrava do seu sorriso, suas mãos, seus cabelos, e suspirava!
Tinha dias que se sentia confusa. Não o queria mais, enquanto em outros, o desejava mais que tudo. Rezava e pedia, uma luz, uma direção, não aguentava mais viver dessa forma. Sem saber por onde seguir.
Hoje ela sentia saudades, e um aperto no peito. Mas não sabia explicar nada disso, nem se era por ele. Por vezes desejava que fosse, em outras tinha medo que fosse. 'Ó Deus!' - exclamava.
Ela sorriu, nesse momento uma paz de espírito a infestou. Coisas boas em sua direção? Quem sabe... Ela ainda sorria.



"Um marinheiro me contou; Que a brisa lhe soprou; Que vem aí bom tempo"
(Chico Buarque)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Cores

Ela olha pela janela. Gotas de chuva caem lá fora. Dia cinza. Cinza como sua vida. Um suspiro! Ela pensa nas cores, não nas cores que já a pertenceram um dia, mas nas cores que ela deseja que lhe pertençam. Sonhar não era proibido. Pelo contrário, ela acreditava que se sonhasse, talvez, aconteceria. Ela mentia. No fundo ela sabia que nada acontecia da forma como ela sonhava. Mas gostava de sonhar, porque, por alguns instantes, acreditava que o sonho era a realidade.
A chuva para. O dia parecia querer mostrar suas cores. Mas ainda assim continuava cinza. Não que ela não gostasse do cinza, o cinza a agradava, mas faltava um roxo, um verde, ou até um vermelho, o cinza sozinho era triste. Uma lágrima escorreu, não sabia distinguir se era felicidade ou tristeza, ao pensar que o cinza um dia se vai.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009



"Há tanta dor nesse jogo de procurar um parceiro, de testar, tentar. E a gente se dá conta subitamente de ter esquecido que era só um jogo, e vai embora chorando."
(Sylvia Plath)






Feliz
. Por mais incrível que pareça, esse era o estado de espírito dela hoje. O que mudou? Absolutamente nada. Ela ainda continuava entrando e saindo nos seus jogos de procurar um parceiro (a tal cata de prazeres), mas dessa vez ela se sentia diferente. Dessa vez ela sentia uma alegria súbita, ao contrário de todas as outras vezes. E por mais que as coisas continuem da mesma forma, ela se sente bem. Talvez seja o futuro. O futuro diz a ela que dessa vez será diferente. E ela torce para que 'ele' esteja certo.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009


Cigarro. Coca-Cola. Talvez um doce. Chocolate de preferência. Filme. Solidão. Essa era a pedida dela para essa noite. Programa de frustrada? Sim, quem sabe não seja isso ela é? Falta do que fazer? Jamais. Falta de animo para fazer, para existir, mais uma vez. A maioria dos dias ela acorda sem querer existir.

Mudança de planos.Toca a campanhia. Convite pra ver filme com ele, na casa dele. É, pelo menos o programa de frustrada mudou, os planos são os mesmo, porém acompanhada. Noite agradável. Manhã também. Porém ela não se sente nada bem. Está vivendo um relacionamento estável com uma pessoa, sendo que na verdade eles não têm relacionamento nenhum. Isso a confunde. E ao mesmo tempo ela não se deixa envolver, não se deixa tocar por ele. Tem medo, receios. O medo dela tem motivo. Ele é como ela, precisa de alguém pra mostrar que tem interesse, não chega a ela sozinho. E ela não está disposta a passar por isso. Está vivendo um momento no qual precisa de alguém, precisa de estabilidade, precisa fechar o vazio que existe dentro dela e precisa principalmente de segurança.

Ela não deseja mais sair a cata de prazeres, como sempre faz. Prazeres que duram uma noite, semanas, alguns até meses e acabam, de formas simples, como se nunca tivessem sido nada. E um buraco que só aumenta. Porque alguns deles podem ter durado pouco, mas causaram um efeito sem igual, apesar dela não demonstrar. Esse é um ponto crucial, ela não demonstra seus sentimentos, ao contrário, parece assassinar eles e qualquer um que tenta toca-los. E depois, reclama. Mas isso demonstra que ninguém se importou com ela o bastante, a ponto de lutar por ela. E agora, agora ela deseja mais.

Foi então que ela se lembrou o que a amiga sempre dizia: "Nós somos maçãs do topo e pertencemos aos homens mais atrevidos."
Ela espera por esses homens atrevidos. Na verdade ela só deseja um homem atrevido, só precisa de segurança.

"
Relaxa, baby, e flui: barquinho na correnteza, Deus dará."

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Toda espera tem seu fim



"É, a paciência
Foi pela vida inteira
O meu escudo
Quando o mundo disse:não
(...)É a esperança
É como cristaleira
Resiste ao tempo
E as boladas que levou(...)"

Hoje é um daqueles dias, dias de dúvidas, de incertezas, mas que bem lá no fundo sei que tenho uma única certeza, e dessa vez falo sério, estou preparada para ter um namorado novamente!

Um pouco precipitada, talvez, mas é a certeza que tenho nesse momento. Pode ser que amanhã, ou até mesmo na parte da tarde eu já tenha mudado de idéia, mas agora, eu desejo isso.
Complicada? Sim, eu sou assim e talvez seja por isso que estou sozinha, não sei lidar bem com as pessoas, nem elas comigo!
Claro, você deve estar se perguntando, o porquê de nesse momento eu querer um namorado. Existem muitos porquês, mas começando pelo hoje, estava 'vagando' pelo orkut e vi fotos de um casamento de uma conhecida. Ela tem a minha idade - isso não significa que queira casar nesse momento, no futuro, quem sabe?! -, estava radiando felicidade, tanto ela quanto o marido e ai me lembrei de outros casamentos, dos olhares, os sorrisos, as lágrimas. E isso me remeteu a algo, todos os 'relacionamentos' fúteis que tenho tido últimamente. Sem aquela verdadeira troca de afetos, sem a cúmplicidade, sem o desejo de ter sempre por perto, e aquele abraço de saudade, após apenas um dia sem se verem, a ligação de madrugada para desabafar sobre aquele dia estressante, e trocar um sábado de bebedeira com os amigos para ficarem abraçados, lembrando como são gratos por terem um ao outro.
Tudo isso soa muito cliché, concordo. Porém meus relacionamentos são composto de muitos altos e baixos e muita aventura, misturando tudo isso, o tempero fica bom!
Depois-de-me-sentir-ridícula-fazendo-esse-desabafo-sabendo-que-amanhã-posso-mudar-de-idéia, deixo uma pergunta: Alguém se habilita?

"(...)Se eu ando distraída assim
Me deixe só
Que tô buscando
Em pensamento o meu amor
E meu olhar
Distante, deixe lá
Que em pensamento
Meu amor vem me buscar
Te quero,espero
Eu tô te vendo chegar
(...)Pois cedo ou tarde
Toda espera tem seu fim."
(Jorge Vercilo)

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Coração disparado, pernas tremulas, ansiedade, expectativa. Olho o telefone, ele não toca, roo o que sobrou das minhas unhas. Relógio, faltam cinco paras as duas. Rezo, peço pelo amor de Deus! Por quê?! De novo não, eu não aguento mais. É sempre assim, e eu - boba como sou - ainda crio ilusões. Nesse momento paro pra pensar, eu não mereço ser feliz. Então começo a me acalmar. São 13:57 e nada, com certeza vai ser só mais um nada na minha vida. Se no Guiness book existissem colecionadores de nada com certeza eu estaria lá. Mas o que seria um nada? Uma coisa que aconteceu e acabou, só existiu o começo, sem meio, sem fim. Ou poderia ser algo que começaria dali a acontecer. Não, o que ocorreu antes não foi nem um começo, foi só um Q de começo e ai, acabou, de novo, sempre acaba. Aliás não acabou, porque não começou, então, foi um nada. É nada!
Estou mais calma, coração desacelerou, as pernas estão quietas, mas a dorzinha lá no fundo, aquela dor de saber que de novo você foi uma perdedora. Você é ridícula e patética. Sabe aquela frase do Caio F.: "Quando não se tem mais nada a perder, só se tem a ganhar." Consigo perder o que eu não tenho. Patética!
Queria desaparecer, como em um passe de mágica, como se nunca tivesse existido, seria tão mais fácil. Seria um favor, para o mundo e principalmente para mim. Simplesmente sumir!

domingo, 9 de agosto de 2009

"Não quero te convencer a ser minha, pelo contrário, quero te forçar a criar coragem de ser você mesma e pular nesse abismo...juro que te espero lá embaixo."

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

"PARA MANTER-ME VIVO, SAIO À PROCURA DE ILUSÕES.”


"(...)Não era nada com você. Ou quase nada. Estou tão desintegrado. Atravessei o resto da noite encarando minha desintegração. Joguei sobre você tantos medos, tanta coisa travada, tanto medo de rejeição, tanta dor. Difícil explicar. Muitas coisas duras por dentro. Farpas. Uma pressa, uma urgência.(...)

(...)Tão artificial, tão estudado. Detesto ouvir minha voz no gravador ou ver minha imagem em vídeo. Sôo falso para mim mesmo. A calma, o equilíbrio, as palavras ditas lentamente, como se escolhesse. Raramente um gesto, um tom mais espontâneo. Tão bom ator que ninguém percebe minha péssima atuação." (Caio F.)



"Certo, muitas ilusões dançaram - mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas." (Caio F.)

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Divã


Essa semana assisti ao filme divã. Ao termino dele fiquei bastante 'deprê', porque ela me lembrou eu, uma pessoa que jamais pode reclamar por ser infeliz, porque ela era muito feliz. E é bem assim que me sinto, uma pessoa feliz, mas insatisfeita, com tudo, com todos... E olhando o futuro da personagem principal, Mercedes, pensei em como o meu pode ser parecido com o dela. Casamento com um cara que ela ama e que ama ela, "enfim JUNTOS". Parece lindo, perfeito e o sonho de toda mulher, mas isso não basta e não bastou pra ela, dois filhos, a mesmice, a rotina, a traição e o fim, o fim do que foi uma bela história de amor, porque tudo tem começo, meio e fim!
A morte da melhor amiga. Eu imagino como seria perder as pessoas que eu realmente amo e que importam muito em minha vida, aliás, prefiro nem imaginar. Porém tem uma parte do filme que me lembrou muito meu presente. Os casos dela com os homens. Pois é, bonitos, gostosos e jovens, mas que não passaram disso, "relacionamentos" casuais, ou usuais... Tenho entendido bastante disso ultimamente e isso me deixa um vazio. Esse vazio doí, com uma dor que não conseguiria descrever, uma dor que me cansa, cansa de tentar preenche-lo e e nunca conseguir, sempre ser só mais uma desilusão. Vazio que precisa ser curado, mas que ao mesmo tempo prefere ser assim, esse vazio, por medo, medo de ter um bela história de amor que um dia chegue ao fim!

"E esse vazio que ninguém dá jeito? Você guarda no bolso, olha o céu, suspira, vai a um cinema, essas coisas, e tudo, e tudo, e tudo." Caio F.

"Ando meio fatigado de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis." Caio F.


sábado, 1 de agosto de 2009


Música: Julho de 83 - Nenhum de nós "Adolescência vazia... Ninguém me compreendia, e eu não compreendia ninguém..."

Não consigo compreender nem a mim mesma. Estou aqui a pensar, ando numa saudade, um vazio, uma falta, mas não consigo descobrir de que. As vezes dói, as vezes é bom, sei apenas dizer que é um sentimento estranho. Algumas vezes desejo profundamente certas coisas, outras já não consigo saber se quero aquilo mesmo. Um estado de confusão mental. Mas eu não consigo mais viver nessa, nunca sei o quero, ou se realmente quero. Preciso dar um basta nisso. Preciso me entregar de corpo e alma naquilo e seja o que Deus quiser. Com certza não dará certo, nunca faço nada certo... O sina... Pensando bem, tem uma coisa que acredito quer quero muito, mas essa coisa deve estar a uns 500 km de distância de mim ou sabe-se-lá aonde. É, realmente é uma sina, sempre quero o que parece impossível, deve me dar certa graça... Porém chegou um momento na minha vida, o qual eu não esperava que chegasse, que eu cansei do impossível e do complicado, quero simplificar tudo. Simpliicidade a minha vida, as nossas vidas! o/

Música: Eu não entendo - Nenhum de nós "Eu não entendo a sua indecisão, num dia sou o seu grande amor, no outro dia não, não, não..."

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Esperanças, sonhos...


Últimamente tenho tido certa preguiça de existir. Aquela preguiça de acordar todos os dias e saber que vai ser sempre a mesma coisa, senão pior. Amigos que só te decepcionam cada dia mais, relacionamentos que nunca chegam de fato a ser um relacionamento. Coisas que não acontecem, por isso me frustram. Isso, frustrada, essa é a palavra para o que ando sentindo no momento!
É claro que minha vida é uma diversão sem fim, sempre com farra, sempre rodeada de gente, sempre fazendo loucuras, o que mais alguém podia querer? Quem ouve minhas histórias sente desejo de viver as mesmas coisas que eu, porque sim, eu vivo intensamente e faço tudo que quero. Mas, obviamente tem um mas, eu sinto falta, sabe, daquela coisa mais profunda, não sei se profundidade é a palavra para o que quero expressar, mas é algo mais. Diversão é bom, zueira e tali e coisa, porém quantos anos vivo disso, às vezes cansamos. Sinto falta daquele filme no sábado a noite, com aquela pessoa especial e de acordar de manhã e dar aquele beijo antes de escovar os dentes. De saber que ele existe ali, existe pra você e você pra ele. Daquele churrasquinho com aqueles amigões do peito, num domingo a tarde, colocar o papo em dia e saber como vai a vida, coisa atoa, coisas simples. Uma flor colhida no jardim do vizinho, especialmente pra você!
Dizem que ninguém se contenta com o que tem, não é?! Talvez se eu tivesse isso, sentiria falta das noites em claro, as manhãs chegando em casa, as loucuras adolescentes sem se preocupar com as consequências. Ou talvez, talvez eu gostasse dessa vida simples e sem dramas, sem extrapolações, pode ser o que eu preciso nesse momento, afinal já estou praticamente uma adulta, só falta adiquirir responsabilidades, idade já tenho...
Enquanto nada dá certo pra mim - às vezes acredito que o problema está comigo - continuarei tentando, não desisto do que eu quero, e sei que pode demorar, mas um dia conseguirei, pode apostar!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

"Você sabe que vai ser sempre assim. Que essa queda não é a última. Que muitas vezes você vai cair e hesitar no levantar-se, até uma próxima queda." (Caio F.)

quinta-feira, 23 de julho de 2009


Ele apareceu, me olhou nos olhos, um meio sorriso, um olhar de timidez misturado com um Q de safadeza. Cabelo preto, pele branca, camisa... sapato (?)! Sim, camisa e sapato, e sim, ele mexeu comigo, não sei como, nem por que, mas aconteceu. Um interesse mútuo, mas com alguns obstáculos pelo caminho e isso me deu mais interesse ainda, a dificuldade, tenho certa obsessão por ela. E no final, foi tudo tão perfeito. Isso mesmo, perfeito! Justo comigo, anti-perfeição, que gosto do errado, ou como diria Clarice Lispector, do mal-feito, do que obviamente não presta. Mas ele não era assim, era diferente, era interessante, era meigo, carinhoso, sossegado. Sofri lavagem cerebral, tenho quase certeza! Eu NÃO me interesso por pessoas assim. E assim, acabou ou começou, ainda não tenho certeza. Cidades diferentes, uma grande promessa de um telefonema... A semana se passou e sim, outros caras apareceram, mas nenhum, nenhum deles era ele, sonhei com ele todas as noites e dias também, enquanto acordada. E hoje, hoje se completa uma semana e a expectativa, telefone ao lado. Promete pra mim, promete sim, ele vai me ligar, porque eu não aguento mais viver da mesma síndrome de Marilyn Monroe: "Não me falta homem, o que me falta é amor."!

quarta-feira, 22 de julho de 2009


"E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou." (Fernando Pessoa)


"Olhei para você fixamente por uns instantes. Tais momentos são meus segredos. Houve o que se chama de comunhão perfeita. Eu chamo isto de estado agudo de felicidade. (Clarice Lispector)

terça-feira, 21 de julho de 2009


"Fica? Passa? Vai? Volta? (...) Não sei nada, mas foi lindo."

"Além disso, sou terrivelmente instável e entender as minhas reações é coisa que às vezes nem eu mesmo consigo."
(Caio F.)

segunda-feira, 20 de julho de 2009

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Talvez tudo, talvez nada...



"Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada." (Caio F.)

quarta-feira, 15 de julho de 2009


"Você sabe que não sou mulher de arrependimentos, de olhar pra trás, essas coisas. A gente tem que mirar no alvo e atirar, pronto, foi. A flecha não volta. Se acertamos ou erramos, não tem volta. Foi assim que levei a vida sempre..." (Caio F.)



"- queria poder continuar a vê-lo,
mas sem precisar tão violentamente dele." (CL)

terça-feira, 14 de julho de 2009



"Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não achei que ia conseguir dizer, quero dizer, dizer tudo aquilo que escondo desde a primeira vez que vi você, não me lembro quando, não me lembro onde. Hoje havia calma, entende? Eu acho que as coisas que ficam fora da gente, essas coisas como o tempo e o lugar, essas coisas influem muito no que a gente vai dizer, entende? Pois por fora, hoje, havia chuva e um pouco de frio: essa chuva e esse frio parecem que empurram a gente mais pra dentro da gente mesmo, então as pessoas ficam mais lentas, mais verdadeiras, mais bonitas. Hoje eu estava assim: mais lento, mais verdadeiro, mais bonito até. Hoje eu diria qualquer coisa se você telefonasse. Por dentro também eu estava preparado para dizer, um pouco porque eu não agüento mais ficar esperando toda hora você telefonar ou aparecer, e quando você telefona ou aparece com aquelas maçãs eu preciso me cuidar para não assustar você e quando você me pergunta como estou, mordo devagar uma das maçãs que você me traz e cuido meus olhos para não me traírem e não te assustarem e não ficarem querendo entrar demais dentro dos teus olhos, então eu cuido devagar tudo o que digo e todo movimento, porque eu quero que você venha outras vezes. (...) A cada dia viver me esmaga com mais força."
(Caio F.)

domingo, 12 de julho de 2009

Domingo. Ressaca (moral também!). Dúvidas (pra variar!). E aquela imensa nostalgia, aquela falta não sei de que e aquele querer, não sei de que (ou de quem também)... e assim, assim continuo seguindo, me sabotando, me magoando, sem saber o que quero ou preciso...

"Te­nho que ter paciência para não me perder dentro de mim: vivo me perdendo de vista. Preciso de paciência porque sou vários caminhos, inclusive o fatal beco-sem-saída.
" (CL)

sábado, 11 de julho de 2009

"-E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.

(Silêncio)


-Mas não seria natural.

-Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem.

-Natural é encontrar. Natural é perder.

-Linhas paralelas se encontram no infinito.

-O infinito não acaba. O infinito é nunca.

-Ou sempre.


(Silêncio)"


O dia que Júpiter encontrou Saturno - Caio F.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

"O problema é que a vida era agora e era aqui. E além de não estar nem no aqui nem no agora, ele não partia." Caio F.